terça-feira, 30 de agosto de 2022

Eu vi: Agente Oculto

 


 Agente Oculto (The Gray Man, 2022) é um filme de ação e suspense americano dirigido por Anthony e Joe Russo. Baseado no romance The Gray Man, de Mark Greaney, o filme é estrelado por Ryan Gosling, Chris Evans, Billy Bob Thornton, Ana de Armas, e pasmem, Wagner Moura. Lançado limitadamente em julho de 2022, o filme seguiu rapidamente para o Netflix, onde é considerado o filme mais caro feito pela plataforma desde então. 

  O filme conta a história de Court Gentry (Ryan Gosling), um ex-presidiário que aceita participar do programa da CIA chamado Sierra, que se utiliza de criminosos sem família para operações secretas que a agência não pode fazer oficialmente. Court se torna Sierra Seis, um super agente secreto que precisa lutar contra a própria CIA para desmascarar um conspiração ainda maior envolvendo seus superiores e de quebra salvar seus entes queridos.

Motorista, é aqui que eu desço!

  A primeira impressão ao assistir o filme é que os roteiristas Joe Russo, Christopher Markus e Stephen McFeely quiseram homenagear (ou satirizar, talvez) os filmes de agentes secretos, mas foram muito além e o filme chega a soar como um deboche. Um exemplo disso é a trilha sonora, que possui os toques iniciais de Missão Impossível. A segunda impressão, que complementa a primeira, é que o filme parece um caminhão sem freio descendo a ladeira, atropelando tudo o que tem pela frente. Audacioso, barulhento, dinâmico, mas com um resultado tendendo à uma catástrofe iminente.

Pose de Capitão América?

  Além das cenas de ação de tirar o fôlego e coreografias de luta um tanto duvidosas, não sobra muito pra dizer de Agente Oculto. Contando com um elenco de peso, mas um roteiro raso como um pires de chá, o filme promete, mas não entrega nada além de uma diversão passageira, muito provavelmente esquecível dali alguns dias. E se os rumores estão certos, a Netflix pode querer lançar uma franquia baseada nos livros, um plano um tanto corajoso...

  O enredo prefere ver os personagens correndo, atirando e explodindo coisas do que gerar qualquer vínculo entre eles ou identificação com o público. Os atores estão excelentes em seus papéis, mas parece que a responsabilidade da construção do filme ficou somente no carisma de cada um - não na construção de cena ou de vínculo. Isso consegue, no máximo, impedir que o mesmo se torne um desastre absurdo e seja ao menos algo palatável e "assistível".


  Ainda dá tempo de consertar esse angu de caroço e fazer uma mistura mais gostosa. Principalmente se tirar a "receita Marvel" da composição do filme. Caso contrário, é só esperar mais um pouco que todo mundo vai esquecer que ele está em catálogo e talvez a vergonha passe rápido.

Trailer do filme:



Direção: Anthony e Joe Russo

Roteiro: Joe Russo, Christopher Markus e Stephen McFeely

Nota: 2,5/5

*Baseado no original de mesma autoria publicado no portal Nerdtrip

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