quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Diário de Campanha - A primeira sessão do ano

  Nós nos reunimos para a primeira sessão de Tormenta do ano no dia 08/01. Todos os jogadores ativos estavam presentes nesta partida: O Augusto, com Joshua seu guerreiro com aversão a sujeira; Gabriel, com seu guerreiro/clérigo totalmente caótico; Luís, com seu elfo swashbuckler de nome estranho que eu não vou conseguir escrever aqui.
  Anteriormente em nossa campanha: Os personagens foram contratados por alguem chamado James Bond para desbancar um posto militar. Mas eles foram traídos, e o contratante se revelou como Brom, o feiticeiro lefou. Incapazes de derrotar Brom, eles se engajaram na busca por Chun-Li, não só para ajudar o amigo samurai como para conseguir mais experiência. Eles recebem uma missão de Pollux, um clérigo de Nimb muito doido e se embrenham nas Montanhas do Eclipse, um conjunto complicado de pirâmides. E foi em uma dessas pirâmides que os personagens despertaram uma múmia nada boazinha e que ferra com todo o grupo...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Eu li: VAPORPUNK - relatos ‘steampunk’ publicados sob as ordens de Suas Majestades

  Primeiramente, não sou grande apreciador de steampunk e não estou totalmente familiarizado com o tema exceto aquilo que acaba caindo nas minhas mãos por causa do RPG (Castelo Falkenstein, estou falando de você). Por isso, não levem as minhas palavras a ferro e fogo. Ano passado, enquanto procurava pelo Space Opera da Editora Draco em uma livbraria da Saraiva, deparei-me com um exemplar de Vaporpunk.
Capa do livro
  Uma das coisas que me atraiu foi a capa. Cartonada, traz uma "foto" envelhecida do que seria uma cidade com dirigíveis, grande embarcações e muito vapor. Esta "foto" estaria presa a engrenagens de um motor, cujas texturas usadas no desenho não ficaram tão legais. Tal fato não parece acontecer em Dieselpunk e Space Opera, mas não posso opiniar sem estes livros em mãos. Mesmo assim, isso não deixa a capa feia ou tosca.
  O tema da antologia é interessante: noveletas ao invés de contos. Além disso, o livro é composto de histórias cuja ambientação seja no Brasil ou Portugal (ou o mais similar a estes lugares). Devido o tema lusófono, entra o termo "Vapor" e sai o termo "steam", originado do inglês (o steampunk geralmente se passa na Inglaterra Vitoriana).
  O livro é composto pelas seguintes histórias, na ordem de publicação:
  • A Fazenda-Relógio (Octávio Aragão):Um conto sobre a escravatura. Achei bem morno para uma história que contém cenas de explosão e luta em meio a uma revolta de escravos.
  • Os oito nomes do Deus sem nome (Yves Robert): O autor português deixou o steampunk apenas como plano de fundo. Sua noveleta é uma excelente história de espionagem envolvendo Portugal, França, Inglaterra e um certo poder secreto. Muito bom.
  • Os primeiros aztecas na Lua (Flávio Medeiros Jr.): Também de espionagem, com muitas reviravoltas e a utilização de personagens já conhecidos da literatura interagindo com o protagonista em cargos políticos ou militares. Impossível não curtir. Muito bom!
  • Consciência de ébano (Gerson Lodi-Ribeiro): O autor brinca muito bem com as palavras. Se passa no Brasil, dividido politicamente em dois países após a revolta de Zumbi dos Palmares. O clima steampunk mais uma vez é só o pano de fundo, quase imperceptível dessa história, que tem um final de tirar o fôlego.
  • Unidade em chamas (Jorge Candeias): Mais um autor português e diga-se de passagem, este é o melhor conto do livro. Batalhas aéreas, carvão, máquinas fantásticas... Dá pra sentir o cheiro da fumaça e tremer com o agito dos soldados. Verdadeiro clima steampunk!
  • A extinção das espécies (Carlos Orsi): É tudo, menos steampunk. É o que eu menos gostei.
  • O sol é que alegra o dia... (João Ventura): Mais um autor português pra fechar a antologia, em um conto onde ciência e religião se misturam. O sol pode alegrar o dia, mas este conto não alegrou tanto a leitura. Não chega a ser ruim, mas poderia ser bem melhor.
  Em resumo posso dizer que o livro não me surpreendeu, mas não fez de todo feio. Aliás, este livro só veio reforçar que existem bons autores no Brasil, mandando bem não importa o tema. Ponto para a Editora Draco.