terça-feira, 30 de novembro de 2021

Eu vi: A RODA DO TEMPO - Episódio "A Partida"


  A série Roda do Tempo estreou dia 19 de novembro, pelo Prime Video, o serviço de streaming da Amazon. A plataforma disponibilizou os três primeiros episódios de uma só vez (os seguintes serão lançados semanalmente, às sextas-feiras). Indo na sequencia das grandes sagas, a própria HBO já tem engatilhada a prequel House of Dragons. A Netflix tem The Witcher, a AppleTV+, lançou Fundação (baseado na aclamada Trilogia da Fundação por Isaac Asimov) e o Disney+ anunciou a produção de As Cronicas de Spiderwick (baseado nos livros de Holly Black) e Percy Jackson (a conhecida série de Rick Riordan), para o público adolescente. Ou seja, não foi tanta surpresa quando anunciou A Roda do Tempo, baseada na série de livros de mesmo nome criada por Robert Jordan (e finalizado por Brandon Sanderson após a morte de Robert). 


  Robert Jordan é o pseudônimo de James Oliver Rigney Jr. O autor estadunidense lançou O Olho do Mundo, primeiro volume de A Roda do Tempo, em 1990. A série toda possui quatorze volumes, sendo que os três últimos foram escritos por Brandon Sanderson, seguindo orientações estritas do autor em documentos antes de sua morte. Sanderson foi escolhido pela família e pelos agentes literários devido ao seu trabalho nos livros Nascidos da Bruma (Mistborn).

  A Roda do Tempo é inspirada em elementos do budísmo, hinduísmo e taoísmo, com os mesmos conceitos de "equilíbrio" entre o Bem e o Mal, a Luz e as Trevas. Também há inspiração em trabalhos de Jack Vance e Robert E. Howard. Não conheço os livros de Robert Jordan, então toda essa resenha será voltada unicamente para os episódios da série, sem nenhuma comparação entre as obras. 

É importante avisar que a partir deste ponto esta análise pode conter spoilers.


Episódio (01x01) - A Partida

Nynaeve ensinando Egwene

  Começamos com uma explicação sobre quem são as Aes Sedai, um grupo místico de mulheres com grande poder mágico, que estão em busca de um jovem de vinte e poucos anos que pode ser o Dragão Renascido - um homem (ou mulher) de grande poder que pode salvar o mundo e ao mesmo tempo destruí-lo. Ele (ou ela) é a única esperança dessas mulheres para derrotar o Tenebroso, uma Força das Trevas capaz de destruir o mundo. Conhecemos o Círculo de Mulheres de Dois Rios, onde Egwene (Madeleine Madden) tem seus cabelos trançados por Nynaeve (Zoë Robins). Ela é arremessada na água e todas esperam que ela sobreviva às corredeiras, num rito de passagem e empoderamento. 

  Por fim, Egwene sobrevive e todos comemoram, mas a comemoração é interrompida pela chegada de Lann Mandragoran (Daniel Henney), Guardião devoto de Moigraine, uma das Aes Sedai. Moirgraine é interpretada por Rosamund Pike, brilhante no papel. Ela procura por quatro jovens que poderiam ser o Dragão Renascido: A filha do estalajadeiro Egwene, o impulsivo Rand, o ferreiro Perrin e o malicioso Mat.

  Naquela noite a vila é atacada por trollocs, criaturas com cascos, chifres, presas e garras, cujas armas são envenenadas. Os efeitos práticos não ajudam muito aqui, por que são pobres e não muito bem executados. Os efeitos visuais, gerados por computador, parecem um pouco melhor. As magias lançadas por Moigraine não deixam nada a dever a nenhum mago de RPG, graças a gestualização e interpretação física de Rosamund Pike.

Trolloc

  Nynaeve é levada por um trolloc, Perrin acerta sua amada Lana por acidente durante a batalha só para vê-la morrer em seus braços. Mat foge com suas irmãs para um lugar seguro na floresta. Rand é protegido pelo pai, que possui uma espada com um relevo de garça próximo ao cabo. Na luta, Moigraine também é ferida.

  No dia seguinte, enquanto a vila tenta apanhar os cacos e curar os feridos, Moigraine anuncia que os jovens precisam sair da cidade, pois os trollocs não irão parar de persegui-los. Eles até tentam relutar, mas os argumentos são muito fracos pra que a audiência seja convencida de que não seja a força do roteiro impulsionando a história pra frente.


Conclusão

  A Roda do Tempo tem um visual maravilhoso com figurino e fotografia dando um show. Os efeitos visuais são razoáveis, mas os práticos não são assim tão bons. Por ser uma obra de alta fantasia, partes da série ficam meio previsíveis. Mesmo assim, a direção conduz os atores com mão firme e o trabalho não se perde.

  Esse episódio não trouxe nada de novo ou diferente do que já estamos acostumados a ver em outras séries de fantasia. Mas não decepciona ou faz feio. Como um episódio de estreia, foi o suficiente pra continuar assistindo, mesmo sem muitas expectativas.

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