sexta-feira, 18 de julho de 2025

Eu vi: Superman


  Eu não gostava de Superman.

  Nem no cinema, nem nos quadrinhos, talvez um pouquinho nas animações. Minha justificativa, mesmo que fraca e sem embasamento algum, é que eu comecei a acompanhar quadrinhos no geral no século passado (lá pelos idos de 1995). E todo mundo sabe que a década de 1990 não foi muito boa para o Homem de Aço: Morte, Ressureição, Revanche, Super Elétrico, Superboy clone... Além disso, eu já havia assistido aos filmes anteriores com o Reeves e achava-os datados e bobinhos (apesar de que agora só datados mesmo).

  Não tive a oportunidade de ver no cinema Superman: O Retorno, com Brandon Routh. E dei graças a Deus por isso quando aluguei o DVD (olha eu entregando a idade novamente). Já O Homem De Aço eu vi nos cinemas, pois na época queria ver como começaria o novo universo cinematográfico da DC. Mesmo com um pé atrás (talvez os dois), eu achei razoável, mas pelo menos interessante. Muita coisa ali não me agradou, como por exemplo, a luta que destrói a cidade toda sem se preocupar com todos ao redor. E nem preciso dizer muito sobre a Martha dos filmes posteriores. 


  E então a DC resolveu se reinventar, trazendo James Gunn e um novo Superman.

  Olhos aqui em cima!

  A primeira grande diferença deste novo filme é que o Superman (David Corenswet) já começa sendo um super herói. O filme utiliza-se de legenda para contar em poucos minutos, toda origem do herói, sem que precise consumir tempo de tela para isso. Novos elementos como Kripto, a Fortaleza da Solidão, os serviçais automatizados são coisas que vão se ajustando automaticamente na trama sem parecer artificial demais.


  E este novo Superman também se torna um Clark Kent desajustado de uma forma natural o suficiente pra parecer verdadeiro aos olhos de quem assiste, além de tornar seu disfarce verossímil. É claro que muitos outros elementos dos quadrinhos aparecem ali: Jimmy Olsen (Skyler Gisondo), Perry White (Wendell Pierce) e é claro, a inteligentíssima e deslumbrante Lois Lane (Rachel Brosnahan).


  Por fim, não podemos deixar de falar Lex Luthor, vivido por Nicholas Hoult em uma atuação magnífica. Luthor segue o mesmo comportamento que os bilionários de hoje têm: financia guerras, maltrata aqueles abaixo dele, não tem apreço por vida nenhuma. Preste atenção na cena da caneca. 


  Conclusão

  Superman é apresentado como e a maioria do público já o conhecesse e já soubesse sua origem, o que é uma vantagem enorme. A gente até extrapola a origem do Lanterna Verde (Nathan Fillion), mas infelizmente não consegue fazer o mesmo com os outros. Senhor Incrível (Edi Gathegi), é quase desconhecido da grande audiência, além dos leitores de HQ ou expectadores do desenho animado. Metamorfo, tem sua história abreviada para minutos mínimos de tela e a Mulher Gavião (Isabela Merced) parece estar lá só pra cumprir cota. No segundo ato do filme, o grupo segue uma narrativa paralela e espalhada, que fica difícil de acompanhar até a chegada do final. David Corenswet se esforça ao máximo pelo personagem e tem muito carisma em tela, mas faltou alguns músculos no ator para uma caracterização mais legal.

  Ainda assim, um filme que preza pelo lado (muito) humano de um super-herói tem nele a força do seu protagonista. O roteiro que tem alguns buracos, mas só se prestar muita atenção. Um dia, o Superman nos fez acreditar que o homem podia voar e agora nos faz acreditar que ainda existe uma esperança.

Nota: 4,5/5


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