quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Diário de Campanha (2ª temporada): Parte I

  Foi muito difícil conciliar a galera para jogar a segunda parte da aventura. Primeiro nós concordamos em jogar a aventura de TREVAS do Luís, para que eu tivesse tempo de desenvolver a continuação da aventura. Jogamos apenas uma sessão e o pessoal acabou faltando várias vezes. A aventura miou (Luís, eu ainda quero jogar!), ainda mais depois que eu revelei que já tinha montado parte da aventura suficiente para jogarmos. Mesmo assim, ficamos várias e várias semanas marcando e remarcando, até que neste domingo (dia 21 de agosto) eu consegui mestrar a primeira parte da aventura. Compareceram a essa sessão apenas o Augusto com seu guerreiro humano e o Luís com seu swashbuckler halfling que finge ser paladino.

  Na temporada anterior: Os personagens foram contratados por alguem conhecido apenas como "James Bond" para que desabilitassem um posto militar. O que os personagens não sabiam é que o contratante era um servo demoníaco, interessado na área do posto militar por motivos místicos. Os personagens involuntariamente abriram brecha para que este feiticeiro invadisse e destruísse o local. Sem ter o que fazer contra um inimigo mais poderoso que eles, os personagens fogem para a cidade, com a esperança de que consigam reunir forças e aprendizado para destruir este mal.
  A história começou mais ou menos uma semana depois dos acontecimentos trágicos no Posto Militar. Os personagens passaram essa semana se escondendo, curando seus ferimentos e coletando informações sobre o evento no Posto Militar, verificando se alguma coisa os ligava ao trágico evento. Os minotauros presentes na cidade enviaram um destacamento para o Posto Militar para averiguar os boatos, mas ainda não obtiveram resposta. As autoridades estão severamente preocupadas. Existem vários boatos entre a população, de como os lenhadores tem encontrado mais criaturas atrozes na floresta ou dos mercadores que passam ao lado das ruínas de aspecto estranho do Posto Militar repleto de barulhos agourentos e aura ruim.
  Conforme os jogadores (e consequentemente os personagens haviam combinado) assim que finalizassem a missão do Posto Militar, os jogadores iriam procurar a filha desaparecida do daymio do samurai do grupo. A menina, nomeada a partir de agora como "Chun-Li" (foi proposital), estava desaparecida desde que a família deixara Valkaria e voltava para Tamura. A missão do samurai do samurai (ou seja, o histórico do personagem) era resgatar essa menina de volta. Os jogadores concordaram em ajudá-lo, criando assim também uma forma de se tornarem poderosos o suficiente para derrotar o cultista (ou ao menos descobrir mais sobre ele).
  Enquanto se recuperavam da aventura anterior, o samurai recolheu boatos de que uma tamuriana estava se apresentando no Circo dos Irmãos Thyannate, com espetáculos de dança sensual de gueixa tamuriana. Os personagens rumam para lá e entram no circo pagando pela entrada durante o horário do espetáculo. Lá dentro eles se dividem: Augusto vai junto com o samurai aos camarins dos artistas, o qareen foi vasculhar circo e o restante do pessoal resolveu ir até a tenda principal colher informações com outros expectadores. Através de várias pistas, os personagens ficam sabendo que Pollux, um clérigo de Nimb, esteve em contato diversas vezes com a menina desaparecida. Também não há sinal de sequestro (??). Os personagens vão até o Mercado de Malpetrim obter mais respostas e descobrem que Pollux reside em Akion, uma cidade "vizinha" a Malpetrim. Para confirmar a informação, uma criança envia os jogadores a um beco no porto, na esperança de encontrarem alguem que possa enviar mais informações sobre Pollux.
A culpa é do baixinho
  Os jogadores seguem a pista e descobrem que caíram em uma armadilha: foram enviados a Joseph, que procurava por eles em Malpetrim. Joseph era um dos minotauros que estava em uma das guaritas fora do Posto Militar. Joseph sobreviveu ao desastre e como os personagens foram os últimos a entrarem no Posto antes da explosão, o minotauro acredita piamente que eles são os culpados pelas mortes de seus amigos. Joseph está acompanhado de outro minotauro soldado e dois escravos. Todos lutam em um beco de prédios abandonados que estão condenados e prestes a cair. Mas então começam as ações mais engraçadas da sessão.
  O Luís, com seu swashbuckler que finge ser paladino, comprou 4 granadas com um goblin pra lá de esquisito no mercado. Vendo que o combate estava difícil, Luis lança a granada em um dos inimigos. No entanto, ele faz isso quando todos estão engajados em combate corpo-a-corpo, muitos inclusive sem ação de movimento disponível na rodada! A explosão fere seus amigos e derruba um dos prédios em cima dos inimigos. Como ninguém do grupo morreu, valeu o ponto de ação (e dois croques bem doloridos recebidos dos amigos de grupo).
  O grupo decidem então partir para Akion, após se recuperarem dos ferimentos. Existem dois caminhos para a cidade, pela floresta e pela estrada norte. Eles decidem se aventurar na floresta já conhecida, uma vez que eles dispõe de um mapa da área. No entanto, tão logo entram na trilha são atacados por uma pequena matilha de cães do inferno (Bestiário de Arton). O grupo começa a perder a luta (ô maldito azar nos dados!) e o que acontece então? O swashbuckler decide lançar mais uma granada. Sim, sem saber que os tais cães são imunes a fogo, o pequeno halfling arremessa sua granada mais uma vez, desta vez certificando-se que os amigos estão atrás dele.
  E tira 1.
Olha a destruição!
  Com isso, a granada que deveria ir pra longe cai acesa a seus pés e explode. Todos ao redor recebem o dano da explosão, mas o problema continua: o fogo aciona as duas outras granadas restantes (azar nos dados de novo). Nosso amigo halfling vai a -22 pontos de vida, não morrendo por 2 PV. O qareen e todos os halfling caem inconscientes, os demais guerreiros ficam absurdamente feridos. O combate com os cães do inferno, que antes era difícil, agora se tornou mortal.
  Portanto, para que metade do grupo não morresse na primeira sessão (faltava mais de 50% do grupo, seria muita sacanagem), adotei a solução "Deus Ex Machina", como o próprio Luís mencionou. O grupo acorda em uma cabana, todos amarrados sem armas e armaduras. Quem fez isso? Os mercadores de escravos que eles esbarraram no mercado quando procuravam informações (esse negócio de traficante de escravos está complicado, preciso arranjar outro tipo de PDM).
  O grupo derrota um dos mercadores e pega seus itens. A halfling está seriamente ferida, quase morta, devido a um estupro (sim, eu sou mau). O grupo está bastante avariado, perdidos em uma cabana e com a possibilidade de encontrar o resto do banco dos traficantes, que com certeza vão acabar com eles. Todos olham para o swashbuckler com desconfiança. Não, as coisas não estarão boas daqui 15 dias!

Um comentário:

  1. o lado bom é que ainda estamos vivos.E antes que alguém decida trucidar meu halfing.Deixe-me lembrar as palavras do sábio e poderoso halfing Madruga,grande servo de Marah:"As pessoas boas devem amar os seus inimigos.A vingança nunca é plena,mata a alma e envenena."

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