sábado, 28 de julho de 2012

Eu vi: Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge


 Um filme do Batman sem o Batman. Esta talvez seja a melhor maneira de definir "O Cavaleiro das Trevas Ressurge", filme de Cristopher Nolan que encerra a trilogia de Batman, iniciada em 2009 com Batman Begins. Mas não pense que, por esta afirmação o filme é ruim. Não, nem um pouco.


  Nolan conseguiu reunir num único filme de quase três horas (2h45m) várias histórias importantes do Homem-Morcego, como "A Queda do Morcego", "Gotham: Terra de Ninguém" e "A Volta do Cavaleiro das Trevas", sem que isso parece um colcha de retalhos mal costurada. E só por isso já é um mérito. Além disso, o novo filme acrescenta elementos dos filmes anteriores, como a morte de Harvey Dent e a Liga das Sombras, o que me fez parecer que, na verdade, não são três filmes do Batman - é na verdade, uma única história contada em três partes.
  O filme se passa 8 anos após os eventos do segundo filme, e encontramos um Bruce Wayne (Cristian Bale) distante e abatido. Batman não é mais necessário, ao contrário, ele é o culpado e procurado pela polícia, principalmente pela morte do promotor público. Batman é um símbolo partido. Alfred, que aparece em apenas poucos momentos do filme é mais uma vez a consciência não só do herói, mas também do homem por trás da máscara. Ele é a âncora que traz Bruce de volta à vida. E Michael Caine mostra por que foi a escolha acertada para o papel.
Bane e sua máscara que impede de sentir dor
  Como vilões do filme temos Bane, interpretado pelo absurdamente musculoso Tom Hardy, nem de longe lembrando o ator franzino de seus papéis anteriores.  Diferente dos outros filmes, onde Bane era somente um capanga grande, aqui ele é um verdadeiro adversário para o Batman, tanto física quanto mentalmente (e por que não dizer, psicologicamente). Ele é magistral, por que faz o Batman ter medo. E quando o heró tem medo, podemos nos identificar com ele e torcer.
Coisa fofa!
  Anne Hathaway sua linda! faz a Selina Kyle e seu alter ego Mulher-Gato. Está linda vestida naquela roupinha de couro. Olha, eu gostei muito da Michelle Pfeifer no filme do Burton, mas eu reconheço que Anne não faz feio nem um pouco. A Mulher-Gato está lá, ladra cínica, sensual, dissimulada. A mulher que sempre mexeu com o coração do Homem-Morcego, que sempre trouxe a indecisão de que lado REALMENTE ela está.
  As poucas cenas de ação estão maravilhosas. A coreografia da luta com Bane está maravilhosa e a edição final, sem trilha sonora, gera um efeito incrível.
  O Batman dá pouco as caras no filme, o que vemos durante muito tempo são os impactos das decisões do Batman tomadas nos filmes anteriores. Vemos as outras pessoas sendo heróis. Se o Batman como um símbolo, pode inspirar as pessoas, estaria ele, como este mesmo símbolo, preparado para as consequencias? E se ele é um símbolo então, como é dito no filme, poderia ser qualquer um atrás da máscara?
   O fim do filme é espetacular e obviamente não o contarei aqui. Mas realmente, como foi dito pelo diretor, ele encerra toda história do Batman, sem no entanto, impedir que outro diretor a continue (e eu tenho pena do coitado que irá fazer isso, por que terá que se esforçar pra caramba). Como filme sozinho, O Cavaleiro das Trevas Ressurge ainda é inferior ao segundo filme, mantido pela digníssima atuação de Heath Ledger. No entanto, como encerramento de trilogia, mostra-se perfeito.


Um comentário:

  1. Amei o filme, acho que dá direito a replay heim.
    Show e bola.
    Excelente opinião e explicação do filme.

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