Diário de Campanha - Parte 2: Uma sessão surpreendente

Anteriormente, em nossa campanha: Os personagens foram contratados por alguem do serviço de inteligência da milícia de Malpetrim. O responsável é o senhor James Bond. A missão era desbancar um posto militar que fica há alguns dias de viagem, que segundo o serviço secreto, estava coletando informações para tentar uma revanche contra Malpetrim. Os integrantes do grupo, na sessão inicial, foram Vinícius (e seu minotauro bárbaro) e Diego (com seu qareen feiticeiro). Eles eram acompanhados da barda halfling Bruna (PDM) e de um guerreiro que mais tarde descobriu-se chamar Uórryor (PDM). Os personagens seguiram pela trilha dos lenhadores para fora de Malpetrim e confrontaram um bando de gnolls. Eles revistaram os corpos e estavam prontos para seguir em frente.

  A sessão do dia 03/04 foi realmente cheia de surpresas. Primeiro, duas e quinze da tarde e todos estavam na mesa prontos para jogar! Um recorde! A segunda surpresa foi o aprecimento de dois novos jogadores, além do Augusto que não tinha jogado a sessão anterior. Augusto fez um guerreiro que tem aversão a sujeira, e sua interpretação foi realmente legal. Principalmente quando ele matava alguem ou quando tiveram que enfrentar a chuva e a lama!
  O guerreiro de Augusto conseguiu essa aversão durante uma batalha, enfrentando criaturas em sua cidade que eram realmente nojentas. Assim, o cheiro do sangue e do visgo em sua armadura, além dos cadáveres que ficaram, o deixaram com nojo de sujeira. Além disso, ele tem um leve transtorno compulsivo, querendo que as coisas fiquem ajeitadinhas e no lugar. Realmente um Monk medieval.
  Daniel fez um ladino halfling, vindo de uma família de aventureiros (com um irmão paladino e um irmão guerreiro). Seu personagem começou a roubar por curiosidade e para pregar preças, até perceber que poderia ter uma profissão com isso. Procurou uma guilda de ladinos para aprender mais, mas seu treinamento foi interrompido pelas Guerras Táuricas. Luiz por sua vez, caiu de para-quedas na nossa mesa. Ele inclusive, teve dificuldade para nos achar no local. Para não perder tempo, interpretou o irmão do personagem do Daniel, o paladino halfling. Segundo ele, fazia muito tempo que ele não jogava D&D -  e mais tarde isso pode ser comprovado.
  A aventura começou no mesmo ponto (óbvio!) da sessão anterior. Depois de revistar os corpos, os personagens estavam decindindo para onde ir quando a chuva (que já vinha assolando Malpetrim a semana toda) desabou de vez. Molhados na trilha, eles confiaram no sentido de sobrevivência do minotauro bárbaro para procurar abrigo. E no meio do caminho, encontraram um guerreiro perdido (Augusto). Ele reclamava que toda hora da chuva e da lama e dizia que odiava florestas!
  Quando a chuva parou, os personagens tentavam decidir se iriam seguir o caminho para a gruta (afinal estava anoitecendo e poderia ser um bom abrigo) ou se iam para as ruínas da antiga pensão de lenhadores, que se consumiu num incêndio anos atrás. Por fim, decidiram pela gruta. Mas quando pensavam em seguir viagem, os gnolls atacaram novamente.
  Desta vez os gnolls foram mais espertos, se mantendo a distância para evitar o faro do minotauro. E atacaram a distância também. Mas o melhor foi o ataque do bárbaro: após agarrar um gnoll pelo pescoço, este foi morto com um tiro de besta do qareen. Assim que outro gnoll se aproximou, o minotauro não teve dúvidas - usou o cadáver como clava! E claro, ganhou um ponto de ação com isso. Hilário foi o Augusto derrubando um gnoll com um encontrão e depois deixando de lutar para limpar a armadura!
  Os jogadores sentam e se interagem novamente, o grupo assimilando os personagens novos e re-explicando a campanha, com exibição do mapa, da placa de contato, do posto militar, etc. Mais tarde, os jogadores seguem pela trilha e encontram um suposto vendedor de ervas. Mas na verdade, era um traficante de drogas com maconha(!!). O paladino deu voz de prisão para o vendedor e o amarraram. Os jogadores decidiram usar o personagem para entrar no posto militar, tratando-o como um suposto prisioneiro. Ao cair da noite, os personagens chegam na gruta e dormem espremidos. Mas descobrem no dia seguinte que alguem nocauteou o sentinela e libertou o traficante.
  Dica para os jogadores: quem libertou o traficante ainda aparecerá na aventura.
  Quando os personagens acordam, encontram o guerreiro caído e várias pegadas de cachorro pela gruta e ao redor dela. Uma análise minuciosa do paladino revelou que as pegadas iam para dentro da pedra. O feiticeiro usou detectar portas secretas e voilá! Uma passagem na pedra.
  O tunel era estreito, mas os personagens entraram e caíram em uma armadilha de pedras. Mais adiante, chegaram em uma sala de guarda, cheia de kobolds! E em mais um momento Conam de ser, o minotauro agarra um dos kobolds e com os próprios braços, parte o kobold em dois, sujando as paredes e a si mesmo de sangue e vísceras! Imagine o olhar de Augusto nessa hora!
  A sessão terminou aí. Destaques para as intepretações do Vinicius e também do Augusto. Fiquei um pouco assustado com a chegada dos novos jogadores, mas a partida foi divertida. O Luiz não interpretou corretamente seu paladino - se fosse um bardo estaria de parabens. quem sabe Khalmyr não dá um toque pra ele? O Daniel tentava toda hora monopolizar a ação em volta do seu personagem, mas não chegou ao ponto de atrapalhar a aventura. O Diego manteve o nivel de interpretação, mas ainda precisa aprender mais sobre regras (e saber mais sobre qareen feiticeiros).
  Mesmo assim, uma sessão supreendente, divertida, leve e descompromissada. Nos vemos agora no dia 17 de abril!