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Danny Rand e o Dragão Shou Lao |
Daniel Rand é deixado beira da morte para ser encontrado mais tarde por monges de Kun Lun. Ele seria treinado por quase toda vida para derrotar Shou-Lao, o dragão (de onde vem sua cicatriz no peito), manifestando seus poderes e recebendo o título de Punho de Ferro
Os Poderes do Punho de Ferro incluem domínio total das artes marciais de Kun Lun, muito superiores e mais fortes que as da Terra. Ele também é mestre em quase todos os estilos de kung fu e outras lutas similares. Seu maior poder, no entanto, reside no fato de poder canalisar seu chi interno e direcioná-lo para seu punho direito (atualmente Danny pode fazer isso com os dois punhos). Essa energia brilha como fogo e torna seu punho praticamente indestrutível, como se fosse feito de ferro...
Apresentações feitas, vamos ao que interessa! Recentemente a Panini publicou no Brasil a minissérie "Punho de Ferro - Arma Viva", publicada originalmente pela Marvel em 12 edições. Aqui saiu em duas edições, com capa cartonada e "papel bonito". A revista é de autoria de Kaare Andrews, que não tem fama de acertar a mão na hora de suas produções. "Homem-Aranha: Potestade" é de sua autoria e é, na minha opinião, uma das piores histórias do Homem-Aranha. No entanto, o jogo de luz e sombras feito aqui cabe perfeitamente no personagem. As coreografias de luta são muito boas também. Fora isso, o desenho de Kaare parece o rabisco de uma criança do primário.
Ela traz um Daniel Rand sombrio, ainda amargurado em busca de vingança e de como balancear isso com sua vida de de executivo e de super-herói. As primeiras cenas são fantásticas. Danny é atacado em seu apartamento por ninjas. Ele salta pela janela do arranha-céu, agarra-se em uma das cordas que os ninjas estavam utilizando e as usa para correr pela borda do edificio, derrubando todos os que estavam em seu caminho e finalmente, derrubando o helicóptero em que se prendia as cordas.
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Melhor sequencia da história |
A história de Arma Viva começa muito cativante e vai de encontro ao passado do herói, reescrevendo-o em pedaços. É uma publicação cheia de flashbacks, idas e vindas, recheadas de luta, sangue e punhos quebrados. E chega num momento em que você não sabe mais contra quem e por que o personagem está lutando. A história fica muito confusa, os desenhos não ajudam e em alguns pontos é bom começar a ler de novo.
A caracterização do vilão é fraca e feita de forma tão abstrata, que ele chega a descaracterizar o próprio Punho de Ferro. A seriedade de ambos é gritante a ponto de se tornar ridícula. E isso nos deixa com outro personagem, por que aquele não é mais o Punho de Ferro. Junte a isso prédios que andam, portais misticos construídos com tecnologia, demônios criados do nada e que nem os Vingadores deteriam...Já dá pra ter uma ideia da salada toda que foi criada. Me parece que, na tentativa de criar uma história explosiva e mitológica, ligando passado e presente do herói, tudo o que o autor conseguiu fazer foi gerar um grande novelo de lã.
Não acho que Punho de Ferro - Arma Viva deva ser jogado no lixo totalmente. Se um amigo seu tiver pra te emprestar, vale a pena a leitura (e prepare-se para ficar meio confuso). Agora, quanto a comprar... Eu recomendo que use seu dinheiro para garimpar atrás das edições feitas pela dupla Fraction/Brubaker (As 7 Cidades Celestiais, A Ultima História do Punho de Ferro e O Imortal Punho de Ferro). Punho de Ferro - Arma Viva até poderia ser uma boa história se não tivesse o ego tão grande.
Eita mano... Melhor ler emprestando o livro aqui na LC antes de comprar
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